terça-feira, 30 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Durante aquela aula importantíssima na qual não estava prestando atenção, ela pensou no quanto tudo mudou. No quanto o pra sempre estava sendo diferente do que havia pensado há uns anos. E os dias corriam e as semanas voavam como pássaros errantes e ela não conseguia fazer muita coisa com o tempo que corria. E quem diria que aqueles amigos virariam rostos que trocariam um "oi, tou com saudades, vamos marcar pra sair qualquer dia desses?" sem o mínimo de compromisso. O mais peculiar é que ela mesma não queria revê-los. No fim, estaríamos todos sós?
Queria ter acabado boa parte dos livros que eu comecei a ler e abandonei depois. Além dos filmes. Mas nem lembro mais de muitos, então não saberia nem como começar a terminar. Mas todo mundo guarda coisas inacabadas em suas respectivas gavetas. Assisti hoje à noite Os Incompreendidos, de Truffaut. Coisa mais preciosa. A entrevista de Antoine com a psicóloga é uma das cenas mais melancólicas e doces que eu já assisti. Des fois je leur dirais des choses qui seraient la vérité ils me croiraient pas, alors je préfère dire des mensonges*. Não tem como não amar. Não gosto de baladas, do dia do meu aniversário ou da comemoração do ano novo. Para mim, é caótico demais ficar num lugar ou viver um momento no qual exige-se a animação que eu nunca tive. (Noites de sábado me deixam comovida desse jeito.)
* Numa tradução bem livre: Às vezes eu lhes dizia a verdade mas eles não acreditavam em mim, então eu prefiro mentir.
* Numa tradução bem livre: Às vezes eu lhes dizia a verdade mas eles não acreditavam em mim, então eu prefiro mentir.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
take this broken wings and learn to fly.
Eu detesto o tempo. Excesso de pretensão me incomoda. Não se pode aceitar que algo corra do mesmo jeito para todos. O passar do tempo da aluna revirando-se na cama na noite anterior ao seu primeiro dia de aula no colégio novo não é o mesmo do grupo de amigos que bebe e canta até o dia amanhecer. E aquele número que diz nossa idade? Que injusto ele ser levado a sério! E se eu tiver vinte anos, o olhar diante das descobertas de uma criança de oito e as mágoas de uma senhora de cinqüenta e cinco? E aí, existe alguma medida para isso?
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Eu conheci o homem mais gentil do mundo hoje. Eu, minha mãe e minha irmã no supermecado. Ele embalava as compras de forma eficiente, organizada e, acima de tudo, cuidadosa. Colocava os itens nas sacolas e deixava que eu as colocasse no carrinho. Quando agradeci, ele respondeu com “Obrigada à senhora pela preferência e volte sempre!”. O homem mais gentil do mundo tem deficiência visual. É o que chamam de cego. Sorte a dele, que não tem obstáculos que o impeçam de enxergar com a alma.
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Eu queria morar num cômodo espaçoso. Só precisaria de um colchão coberto com um lençol branco deitado no piso empilharia meus livros encostados à parede. Poderia morar lá a vida inteira... Mas droga, sou um ser humano. Preciso estudar, trabalhar e comer. Às vezes pertencer ao mundo faz as coisas perderem a graça.
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Eu conheci o homem mais gentil do mundo hoje. Eu, minha mãe e minha irmã no supermecado. Ele embalava as compras de forma eficiente, organizada e, acima de tudo, cuidadosa. Colocava os itens nas sacolas e deixava que eu as colocasse no carrinho. Quando agradeci, ele respondeu com “Obrigada à senhora pela preferência e volte sempre!”. O homem mais gentil do mundo tem deficiência visual. É o que chamam de cego. Sorte a dele, que não tem obstáculos que o impeçam de enxergar com a alma.
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Eu queria morar num cômodo espaçoso. Só precisaria de um colchão coberto com um lençol branco deitado no piso empilharia meus livros encostados à parede. Poderia morar lá a vida inteira... Mas droga, sou um ser humano. Preciso estudar, trabalhar e comer. Às vezes pertencer ao mundo faz as coisas perderem a graça.
sábado, 12 de setembro de 2009
Se eu não me engano, o primeiro texto que eu li do Antonio Prata é da época na qual a última página da capricho era um texto dele. Falando de Amor na China, ou Conversando sobre Amor na China, o nome era algo parecido. Achei tão bonito, queria achar pra relê-lo. O Antonio (olha a intimidade!) acabou de lançar uma coletânea dos textos publicados na revista, tenho que arranjar um exemplar dela. Lembro que a sensação ao ler uma crônica dele era muito boa e eu normalmente as relia. Nem comprava muito a Capricho e, sinceramente, até hoje não gosto da revista, só gostava do Antonio mesmo.
Eu resisti até agora, mas tenho que falar: além de tudo ele é lindo. E tem orkut e blog.
Eu resisti até agora, mas tenho que falar: além de tudo ele é lindo. E tem orkut e blog.
domingo, 12 de julho de 2009
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